quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Literatura: Carta a Lívia

 
Rio, num dia qualquer do outono...


Querida Lívia,
 
Hoje pela manhã, tão logo acordei, recebi, surpreso, uma carta do nosso bom e saudoso amigo Francisco. Lá de tão longe e na sua singular e natural simplicidade, pediu-me que despertasse dentro de mim três palavras atualmente tão esquecidas: plantação, colheita e serviço.
 
A primeira - como ele disse -, para compreender que somente através do trabalho se é capaz de avaliar o valor e o sentido da vida; a segunda, para perceber a razão da paciência e da espera e, finalmente, a terceira para entender que a alegria consiste, também, e principalmente, no se dar ao próximo.
 
Peço-lhe, minha cara, que reflita sobre isso e, no seu modo especial de ser, acorde-as também, plantando a boa vontade e colhendo as alegrias do prazer de servir.
 
Com a amizade de sempre,
 
Seu pai.
 
Nota: texto original escrito em 1990, parte integrante do livro Relembranças (Antologia), do autor, elaborado na época da Faculdade de Letras (Professora Carmem Lúcia, Técnicas de Redação), ainda não publicado. Modelo inspirado no livro Correspondência, de Bartolomeu Campos de Queirós.
 
Crédito da imagem
 



Um comentário:

  1. Uma mensagem de Francisco, mais do que qualquer outra, deve ser apreciada.

    ResponderExcluir